Nos últimos meses, várias instituições de Justiça, como o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas do Maranhão, identificaram e estão reunindo provas sobre um esquema criminoso em que dados falsos são inseridos em programas ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que 'infla' o recebimentos de recursos para demandas que não existem.
Dessa forma, supostamente esses recursos 'a mais' e que não são aplicados nos municípios podem ser desviados. O Fantástico mostrou como os tratamentos fantasmas estão desvirtuando o sistema público de saúde em quase 50 cidades do Maranhão.
Só Mata Roma, cidade com 17 mil habitantes, recebeu mais dinheiro para tratamento pós-Covid do que todas as cidades do Rio de Janeiro juntas.
Uma análise da Controladoria Geral da União (CGU) informou que o valor que deveria ser aplicado no município de Mata Roma, no procedimento de reabilitação de paciente pós-covid, seria de R$ 55 mil, contudo, foram transferidos R$ 743 mil ao município.
Por esse motivo, o MPF pediu e obteve judicialmente o bloqueio de R$ 688 mil do Fundo Municipal de Saúde de Mata Roma.
Já esquema relacionado às emendas parlamentares, no âmbito cível, o Ministério Público Federal propôs 24 ações cautelares em todo o Maranhão, com o total de bloqueio determinado de R$ 91 milhões.
Entre os municípios que tiveram as contas bloqueadas, estão: Miranda do Norte, Bela Vista do Maranhão, Afonso Cunha, São Francisco do Maranhão, Santa Filomena do Maranhão, Loreto, Governador Luiz Rocha, São Bernardo, Bequimão, Lago dos Rodrigues, Turilândia, Joselândia, Bacuri, São Domingos do Maranhão, Lima Campos, Vitorino Freire, Bom Lugar, Tuntum, Palmeirândia, Poção de Pedras, Itaipava do Grajaú, Coelho Neto, Igarapé Grande e Tutóia.
G1 MA