O prefeito de Buriticupu, João Carlos Teixeira (Patriota), afirmou nesta terça-feira (11) que, quatro erosões, conhecidas como 'voçorocas' e que ameaçam 'engolir' a cidade, foram causadas por obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) às margens da BR-222. A declaração foi feita em entrevista ao Bom Dia Mirante.
A cidade localizada a 395 km de São Luís, declarou calamidade pública devido ao avanço das crateras, que seguiram nas últimas semanas devido às fortes chuvas que atingem o Maranhão, desde o início de março. A situação foi reconhecida pelo governo Federal e Estado.
João Carlos Teixeira reforçou que o problema é a decorrência do processo erosivo do solo causado, principalmente, pelo crescimento desordenado e desmatamento das áreas.
Até o momento, 27 famílias precisaram ser deslocadas de suas residências por estarem próximas a áreas de risco. A Prefeitura de Buriticupu diz que há 26 erosões de grande porte na cidade e que cada uma apresenta um risco diferente, por possuir solos distintos.
Mais de 220 famílias devem ser encaminhadas ao aluguel social, também por estarem localizadas em uma área de risco. Posteriormente, segundo o prefeito João Carlos, há a intenção da construção de um conjunto habitacional para alocar os moradores.
"A Prefeitura tem se empenhado em conseguir parcerias, como foi esclarecido no decreto de calamidade. Ele é o reconhecimento da incapacidade financeira de conter esses problemas, essas erosões. A gente tem trabalho em sinalização, obras de pequeno porte e de drenagem. Buriticupu tem 28 anos de emancipação mas não tem um metro de drenagem profunda, que é o que faz que as águas se canalizem para esses pontos de desague e causem essas erosões”, explica o prefeito.
De acordo com o prefeito, até o momento, a cidade recebeu R$ 667 mil reais que foram destinados aos custos com aluguéis sociais e com ações atendidas para apoio às famílias atingidas. Segundo João Carlos, para tentar resolver o problema, a cidade vai precisar de 18 km de drenagem profunda que deve custar, aos cofres públicos, R$ 54 milhões.