O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, determinou o afastamento do policial militar José da Cruz Bernardes Filho, mais conhecido como B. Filho, da corporação e a entrega da arma. O magistrado também aplicou medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. O PM é suspeito de ser o responsável pelo disparo de arma de fogo que matou Débora Victória, de 6 anos, após reagir a um assalto em novembro de 2022.
O crime ocorreu no bairro Ilhotas, no dia 11 de novembro, quando a mãe, Dayane Gomes, e filha chegavam em casa e foram surpreendidas por um criminoso que anunciou o assalto. O PM teria visto a situação e reagido com disparos, momento em que se iniciou uma troca de tiros e as vítimas foram atingidas. Dayane foi atingida na perna e Débora com um disparo, e acabou falecendo. Clemilson da Conceição Rodrigues suspeito de ter participado da tentativa de assalto foi preso logo após o crime.
O inquérito foi concluído em dezembro de 2022 pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o policial militar B. Filho foi indiciado por homicídio qualificado após laudo apontar que foi da arma dele que partiu o tiro que matou a menina.
Atualmente o policial segue em liberdade e o caso foi analisado pelo juiz Valdemir Ferreira, que decidiu manter a liberdade provisória de B. Filho, mas aplicou algumas medidas cautelares, entre elas está a suspensão do exercício da função pública, com a entrega de sua carteira funcional e da sua arma funcional e pessoal ao comandante da PM.
Também foi determinado que ele use monitoração eletrônica, ou seja, use tornozeleira por 90 dias. Ele também está proibido de se aproximar da mãe da vítima, Dayane Dias de Sousa Gomes e de eventuais testemunhas do processo, pela distância mínima de 300 metros. Ele também não pode ter contato com ela e com as testemunhas por qualquer meio de comunicação.
B. Filho também está proibido de se ausentar da comarca onde reside sem autorização ou de mudar de endereço sem comunicação.
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