O dólar renovou seu recorde histórico nesta segunda-feira (9) e terminou o pregão com alta de 0,09%, cotado a R$ 6,081. Na sexta-feira (6), a moeda já havia fechado com alta de 1,11%, cotada a R$ 6,075, registrando seu maior patamar nominal da história.
A divisa se manteve estável durante todo o dia, mas sempre acima de R$ 6. Na reta final do pregão, o movimento se inverteu e a moeda firmou alta. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,089.
A divulgação do boletim Focus nesta segunda, que projeta um aumento da taxa básica de juros (Selic), e as incertezas sobre o pacote de corte de gastos do governo, com notícias de entrave no Congresso, pressionaram a cotação da moeda.
Às 17h46, a Bolsa disparava 1,03%, aos 127.246 pontos, impulsionada por ações da Vale e da Petrobras, em linha com a valorização do minério de ferro no exterior após a China anunciar que adotará uma política monetária mais flexível em 2024.
Nesta segunda, o Banco Central divulgou o boletim Focus, relatório semanal que traz as projeções econômicas da taxa básica de juros (Selic), inflação (IPCA) e PIB (Produto Interno Bruto).
Os economistas esperam uma elevação da Selic para 12% —um aumento de 0,75 ponto percentual em relação à atual, de 11,25%.
Para 2025, a projeção para a taxa básica de juros também aumentou, passando de 12,63% na mediana das projeções para 13,50%.
Operadores precificam 66% de chance de uma alta de 1 ponto percentual na Selic, com 34% de probabilidade de um aumento de 0,75 ponto.
"O dólar está em alta, acompanhando o movimento de elevação nos juros futuros. Esse aumento nos juros reflete tanto a expectativa de uma nova alta da taxa básica, que deve ocorrer em um patamar mais elevado, quanto as incertezas relacionadas ao cenário fiscal do país", afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.