Policiais, um escrivão, guardas civis, advogados e até um delegado de Indaiatuba, no interior paulista, foram presos nesta terça-feira (26). Eles são acusados de um grande esquema de extorsão a empresários e comerciantes.
Agentes do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - prenderam o delegado titular do 1° DP de Indaiatuba, José Clesio Silva de Oliveira Filho. Os mandados de buscas foram feitos nas casas dos investigados, na delegacia da cidade e em escritórios de advocacia.
Segundo as investigações, o grupo criminoso chegava em lojas previamente escolhidas, faziam apreensões de mercadorias e valores e forjavam irregularidades no local. Em seguida, registravam boletins de ocorrência e extorquiam os empresários sob pena de prisão.
"Foi decretada a prisão de um dos proprietários, porque no local tinha uma arma, porém essa arma não apareceu. Esse empresário foi conduzido para a delegacia e ficou por algumas horas até que houve uma solicitação de propina de R$ 3 milhões", afirma Guilherme Carolis Lima, promotor do Gaeco.
Em um ano, 10 empresários foram lesados. O promotor afirma que algumas extorsões eram feitas dentro da delegacia de Indaiatuba, tudo sob a liderança do delegado.
"Ele efetivamente firmava os documentos de investigação. Os elementos são indicativos que as propinas se destinavam para ele", diz o promotor.
Ao todo foram bloqueados valores na casa dos R$ 10 milhões. Os investigados seguem presos temporariamente por 30 dias.
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