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Consumo de energia cresce no país; Idec aponta medidas para reduzir custos

Publicada em 26/03/24 às 09:15h - 265 visualizações

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Consumo de energia cresce no país; Idec aponta medidas para reduzir custos
 (Foto: Reprodução Freepik)

Numa casa onde se tomam 10 banhos por dia, é difícil economizar na conta de energia. E essa fatura é uma das que pesam no fim do mês na casa da cabeleireira Vanessa Gonçalves, de Brasília. Ela mora com o marido e três filhos e gasta, em média, 600 reais por mês, apenas com a conta de luz.

Apesar de tanto chuveiro ligado, ela encontrou outra vilã para pôr a culpa.

“A culpa é da máquina de lavar – lava e seca –, que fica 24 horas ligada. Somos cinco pessoas e temos muita roupa para lavar todos os dias.”

 São situações como a de Vanessa que levam os consumidores a procurarem dicas de como economizar e fazer sobrar um dinheirinho a mais no fim do mês.

Diante disso, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Idec, recomenda verificar a chamada eficiência energética dos eletrodomésticos, como ventiladores, lavadoras de roupa, geladeiras, freezers e televisores.

Os aparelhos eficientes são aqueles, segundo o Instituto, que usam “menos energia para realizar a mesma tarefa ou produzir o mesmo resultado”.

Optar por aparelhos mais eficientes vai ajudar a reduzir o consumo e minimizar o impacto do alto custo da conta de energia no orçamento, segundo a coordenadora do Programa de Energia do Idec, Renata Albuquerque:

“A economia começa por aí. Sempre que possível, é importante que a pessoa opte pelos modelos com melhores índices de eficiência energética. Esses modelos são indicados com a nota A do programa de etiquetagem do Inmetro. É uma etiqueta bem familiar aos olhos dos brasileiros.”

 Ainda de acordo com o Idec, outras ações podem ajudar a economizar energia. Para os aparelhos de ar-condicionado, por exemplo, é preciso avaliar a potência adequada ao tamanho do ambiente.

Já no uso de lâmpadas, o recomendável é optar pelas LED – elas têm a tecnologia mais econômica para iluminação disponível. Sempre apagar as luzes ao sair de um cômodo.

Outra medida é pintar os ambientes com cores claras, para que possam ser iluminados com lâmpadas de baixa potência.

Com as geladeiras, a dica é ficar atento na hora da instalação e consultar o manual, respeitando as distâncias indicadas das paredes ou móveis.  O termostato, que é o sistema que regula a temperatura da geladeira, deve ser ajustado para não deixar a temperatura interna a mais baixa possível. Essa atitude garante a refrigeração adequada dos alimentos com segurança e menor gasto de energia.

A geladeira pode ser responsável por até 30% do consumo, a depender do perfil de cada residência. Por isso, Renata Albuquerque frisa: é preciso prestar atenção ao eletrodoméstico.

“Evite abrir as portas desnecessariamente. Nunca guarde alimentos quentes. Ajuste a temperatura para garantir que os alimentos vão ter a refrigeração adequada.”

 Em 2023, o Brasil consumiu cerca de 70 mil megawatts médios de energia elétrica. A quantidade representa um aumento de 3,7% em relação a 2022.

E o aumento no consumo de energia repercute na economia brasileira. É o que ressalta o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata.

“No pão, na carne, a participação do custo da energia é superior a 30%. Quando aumenta a conta de luz, aumenta o custo da energia, todos os bens que compramos e todos os serviços que contratamos, impactando nos índices de inflação no país.”

 O presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia alerta ainda para o fato de que, ainda que o consumidor economize, a conta de luz dos brasileiros é uma das mais caras do mundo, sendo que 40% do custo da energia elétrica no país são tributos, encargos e perdas.

A entidade apresentou um pacote com 10 prioridades ao Ministério de Minas e Energia com objetivo de reduzir a conta do consumidor. Iniciar uma reforma do setor elétrico e reavaliar os subsídios existentes na tarifa cobrados do consumidor estão entre as medidas.




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