Para especialistas, não faltou uma ambiência de negócios favorável por parte do Estado, mas questões contratuais e de planejamento inviabilizaram a concretização da usina a gás.
O diretor de regulação do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado (Sindienergia), Bernardo Viana, explica que a Ceiba Energy, proprietária do empreendimento, desistiu da instalação porque a petrolífera Shell não forneceria mais Gás Natural Liquefeito (GNL).
“Embora houvesse um acordo, era num formato de contrato não vinculante para o fornecimento de gás. Buscaram ganhar o leilão, tirar o licenciamento e toda a burocracia necessária para o projeto, mas não amarraram contratualmente o fornecedor da matéria-prima”, lista.
O equipamento teria capacidade de 1.572 MW e iria abrir 1,7 mil postos de trabalho. A estrutura da Portocem será transferida para o Pará e Santa Catarina, onde há instalações de gás natural para abastecê-la.