Ângela Marques de Almeida Terto, fonoaudióloga e esposa de Anderson Ranchel, também conhecido como o "líder ostentação" da organização criminosa que foi desbaratada hoje, foi quem denunciou o esquema ao gerente do banco Santander.
O grupo liderado por Anderson Ranchel e acusado de aplicar um esquema de fraude bancária que causou prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira. Desse valor, R$ 6 milhões são relacionados a fraudes praticadas em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.
Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Anchieta Nery revelou que Ângela Terto estava sujeita a violência doméstica. "Ela foi vítima de diversas agressões e decidiu buscar ajuda junto ao gerente da agência bancária para denunciar o crime", disse.
Vida pessoal
Nas redes sociais, Ângela Terto compartilha uma vida repleta de luxo e viagens internacionais, muitas delas na companhia de seu esposo, que agora se encontra sob custódia policial após a operação. Curiosamente, em sua presença nas mídias sociais, não há fotos do casal durante essas viagens extravagantes.
Fraude
A fraude consistia em cooptar pessoas para abrir contas bancárias com dados falsos (como profissão, renda etc.) que levassem o banco a aumentar o limite de crédito desse cliente. Uma vez aberta a conta, a associação criminosa simulava uma série de transações bancárias para “esquentar” a conta, de forma que o banco entendesse que aquela renda declarada era legítima.
Quando o grupo criminoso acreditava ter atingido o máximo de limite de crédito possível, “tombava” o banco, não realizando mais qualquer pagamento.
Para levantar o dinheiro das contas da instituição financeira, o núcleo financeiro da associação criminosa se valia de empresas fantasmas e meios de pagamento diversos (cartão de crédito, boleto bancário) que envolvem múltiplas empresas do sistema financeiro. Tudo para dificultar a ação de investigação policial.
Todo o trabalho iniciou após notícia de crime apresentada pela Diretoria de Segurança do banco, que detectou a fraude e acionou a Polícia Civil do Piauí. Ao final do Inquérito Policial a PCPI compartilhará provas com outros Estado e novas prisões podem ocorrer.
Fonte: Piauí Hoje