O senador Marcos do Val (Podemos-ES) entrou na mira da Polícia Federal. Ele foi alvo, nesta quinta-feira, de três mandados de busca e apreensão. Equipes da corporação visitaram endereços ligados ao parlamentar em Brasília e Vitória. A autorização para as ações foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Do Val é acusado de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele estaria atuando para atrapalhar o andamento das apurações contra extremistas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
A operação ocorreu na mesma semana em que o parlamentar divulgou trechos de relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com alertas sobre os ataques golpistas. No post, ele afirmou: "Vocês irão ver a prevaricação dos ministros Flávio Dino (Justiça), Gdias (Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre de Moraes e do presidente Lula".
Também nesta semana, o senador fez publicação em que sugeria que Moraes fosse investigado no inquérito dos atos democráticos, que está sob sua própria relatoria. Na semana anterior, ele revelou estar se articulando, com outros colegas de Casa, para abrir uma investigação parlamentar sobre o Supremo.
A investigação contra Do Val está sob responsabilidade da Divisão de Combate ao Crime Organizado da PF (Dicor) — grupo de elite formado por delegados especializados em crimes de colarinho-branco.
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